Esse blog é sobre o paladar (literalmente , pois não é um blog de culinária , é um blog sobre o paladar)
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
A GUSTAÇÃO (PALADAR)
Os sentidos gustativo e olfativo são chamados sentidos químicos, porque seus receptores são excitados por estimulantes químicos. Os receptores gustativos são excitados por substâncias químicas existentes nos alimentos, enquanto que os receptores olfativos são excitados por substâncias químicas do ar. Esses sentidos trabalham conjuntamente na percepção dos sabores. O centro do olfato e do gosto no cérebro combina a informação sensorial da língua e do nariz.
O receptor sensorial do paladar é a papila gustativa. É constituída por células epiteliais localizadas em torno de um poro central na membrana mucosa basal da língua. Na superfície de cada uma das células gustativas observam-se prolongamentos finos como pêlos, projetando-se em direção da cavidade bucal; são chamados microvilosidades. Essas estruturas fornecem a superfície receptora para o paladar.
Observa-se entre as células gustativas de uma papila uma rede com duas ou três fibras nervosas gustativas, as quais são estimuladas pelas próprias células gustativas. Para que se possa sentir o gosto de uma substância, ela deve primeiramente ser dissolvida no líquido bucal e difundida através do poro gustativo em torno das microvilosidades. Portanto substâncias altamente solúveis e difusíveis, como sais ou outros compostos que têm moléculas pequenas, geralmente fornecem graus gustativos mais altos do que substâncias pouco solúveis difusíveis, como proteínas e outras que possuam moléculas maiores.
A gustação é primariamente uma função da língua, embora regiões da faringe, palato e epiglote tenham alguma sensibilidade. Os aromas da comida passam pela faringe, onde podem ser detectados pelos receptores olfativos.
As Quatro Sensações Gustativas-Primárias
Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários, aos quais chamamos sensações gustativas primárias: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
1.Papilas circunvaladas
2.Papilas fungiformes
3. Papilas filiformes
Até os últimos anos acreditava-se que existiam quatro tipos inteiramente diferentes de papila gustativa, cada qual detectando uma das sensações gustativas primárias particular. Sabe-se agora que todas as papilas gustativas possuem alguns graus de sensibilidade para cada uma das sensações gustativas primárias. Entretanto, cada papila normalmente tem maior grau de sensibilidade para uma ou duas das sensações gustativas. O cérebro detecta o tipo de gosto pela relação (razão) de estimulação entre as diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade que as papilas que respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação como de salinidade, embora outras papilas tenham sido estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo.
O sabor diferente das comidas
Cada comida ativa uma diferente combinação de sabores básicos, ajudando a torná-la única. Muitas comidas têm um sabor distinto como resultado da soma de seu gosto e cheiro, percebidos simultaneamente. Além disso, outras modalidades sensoriais também contribuem com a experiência gustativa, como a textura e a temperatura dos alimentos. A sensação de dor também é essencial para sentirmos o sabor picante e estimulante das comidas apimentadas.
REGULAÇÃO DA DIETA PELAS SENSAÇÕES GUSTATIVAS
As sensações gustativas obviamente auxiliam na regulação da dieta. Por exemplo, o sabor doce é normalmente agradável, o que faz com que um animal procure preferentemente alimentos doces. Por outro lado, o gosto amargo é geralmente desagradável, fazendo com que os alimentos amargos, que geralmente são venenosos, sejam rejeitados. O gosto ácido é muitas vezes desagradável, o mesmo ocorrendo com o sabor salgado. O prazer sentido com os diferentes tipos de gosto é determinado normalmente pelo estado de nutrição momentâneo do organismo. Se uma pessoa está há muito sem ingerir sal, por motivos ainda não conhecidos, a sensação salgada torna-se extremamente agradável. Caso a pessoa tenha ingerido sal em excesso, o sabor salgado ser-lhe-á bastante desagradável. O mesmo acontece com o gosto ácido e, em menor extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a qualidade da dieta é automaticamente modificada de acordo com as necessidades do organismo. Isto é, a carência de um determinado tipo de nutriente geralmente intensifica uma ou mais sensações gustativas e faz com que a pessoa procure alimentos que possuam o gosto característico do alimento de que carece.
IMPORTÂNCIA DO OLFATO NO PALADAR
Muito do que chamamos gosto é, na verdade, olfato, pois os alimentos, ao penetrarem na boca, liberam odores que se espalham pelo nariz. Normalmente, a pessoa que está resfriada afirma não sentir gosto, mas, ao testar suas quatro sensações gustativas primárias, verifica-se que estão normais.
As sensações olfativas funcionam ao lado das sensações gustativas, auxiliando no controle do apetite e da quantidade de alimentos que são ingeridos.
TRANSMISSÃO DE ESTÍMULOS AO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
As vias de transmissão dos estímulos gustativos ao tronco cerebral e daí ao córtex cerebral. Os estímulos passam das papilas gustativas na boca ao trato solitário, localizado na medula oblonga (bulbo). Em seguida, os estímulos são transmitidos ao tálamo; do tálamo passam ao córtex gustativo primário e, subsequentemente, às áreas associativas gustativas circundantes e à região integrativa comum que é responsável pela integração de todas as sensações.
REFLEXOS GUSTATIVOS
Uma das funções do aparelho gustativo é fornecer reflexos às glândulas salivares da boca. Para tanto, estímulos são transmitidos do trato solitário, no cérebro, aos núcleos vizinhos que controlam a secreção das glândulas salivares. Quando o alimento é ingerido, o tipo de sensação gustativa, atuando através desses reflexos, ajuda a determinar se a secreção salivar deverá ser grande ou pequena.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
SISTEMA GUSTATIVO
O nervo trigêmeo é responsável pela inervação das cavidades bucal, nasal e ocular. Este nervo divide-se então no gânglio de Gasser em diversos nervos. Todas as substâncias químicas que possam ser irritantes para a cara vão ser detectadas aqui. A poluição ou o amoníaco provocam reacções como tossir e espirrar. O mentol dá-nos uma sensação de frio enquanto que o picante dá-nos uma sensação de calor ou pode provocar choro.
O Sistema Gustativo permite-nos saber se o alimento é comestível e se a textura é agradável. Este é apelidado por sistema químico, tal como o sistema olfactivo, uma vez que os seus receptores são estimulados por substâncias químicas que provêm dos alimentos. O centro gustativo no cérebro combina as informações provenientes da língua.
Os principais órgãos de gustação neste sistema são a língua, a faringe, o palato, a epiglote e os receptores olfactivos. Os receptores que recebem as informações na mucosa basal da língua são as papilas gustativas, mais propriamente os botões gustativos. Estes encontram-se situados na papila gustativa em torno de um poro central. Estes botões são constituídos por um poro gustativo, células basais, células de apoio e células gustativas ligadas a axónios gustativos aferentes. O poro gustativo encontra-se virado para o poro central da papila e possui microvilosidades para onde entram as substâncias químicas.
As papilas gustativas estão distribuídas por toda a superfície da língua mas conforme o seu tipo. Podem ser: fungiformes, filiformes ou valadas.
As células gustativas são capazes de detectar quatro sensações gustativas primárias em diferentes zonas da língua: Amargo, ácido, salgado ou doce. A combinação destas sensações dá-nos vários sabores distintos.
- Sabores amargos - bloqueiam os canais de sódio e ativam uma proteína G acoplada à fosfolipase.
- Sabores ácidos - bloqueiam os canais de sódio devido à sua alta concentração em H+.
- Sabores salgados - mediados pelo sódio ativam canais deste mesmo ião.
- Sabores doces - a sacarose ativa uma proteína G acoplada à adenilato ciclase. Bloqueiam também os canais de sódio.
O Umami é um outro sabor definido recentemente, que nem todas as pessoas são ainda capazes de distinguir. Neste caso são os aminoácidos e os nucleotídeos dos alimentos que interagem diretamente com as células gustativas.
A água é também uma substância com sabor, mas como é das coisas que ingerimos sempre, as nossas papilas gustativas não o sentem.
O sistema olfactivo e o sistema gustativo estão intimamente ligados na percepção do sabor e o que muitas vezes pensamos ser um sabor é na verdade cheiro, pois as moléculas libertadas pelos alimentos no ar influenciam bastante o sistema gustativo. É por isto que as pessoas constipadas não sentem gosto, pois não têm a "ajuda" do olfacto. Isto, bem como a visão, vão interferir na quantidade de alimentos que são ingeridos.
As células gustativas do botão gustativo são responsáveis pela transdução do sinal e transmissão do mesmo ao SNC em forma de sinal elétrico.
As substâncias químicas são captadas pelas microvilosidades dos botões gustativos e a entrada destas na
célula gustativa provoca a sua despolarização e consequente entrada de iões cálcio e sódio bem como a saída também de iões cálcio do retículo endoplasmático.
No caso das substâncias salgadas e ácidas, medeadas pelo sódio e H+ respectivamente, a passagem destas pelos respectivos receptores provoca diretamente despolarização da célula.
No caso das substâncias doces e umami os receptores são do tipo T1Rs acoplados a proteínas G. Qualquer uma destas substâncias, bem como as amargas, desencadeiam depois uma cascata de mensageiros secundários que vão provocar a despolarização da célula. As substâncias doces estão associadas a receptores sensíveis à sacarose constituídos por duas subunidades, a T1R2 e a T1R3, associadas a uma proteína G. As substâncias umami estão associadas a receptores sensíveis ao glutamato, consituídos pelas subunidades T1R1 e T1R3, acoplados a uma proteína G. Esta quando activada liberta a subunidade α que irá activar uma proteína membranar designada por PLCβ2 que permite activar os mensageiros secundários. Estes irão ativar os canais TRPM5 que permitem a entrada de cálcio.Nas substâncias amargas o receptor é do tipo T2R de apenas uma subunidade mas que a seguir o funcionamento é como para as substâncias umami, terminando na ativação dos canais TRPM5.
Os transmissores vão ser incorporados em vesículas e liberados na fenda sináptica para serem captados pelos neurónios gustativos aferentes, criando um potencial de ação que será transmitido ao SNC.
Após transdução do sinal, este é transmitido ao córtex cerebral. Os estímulos provenientes das células gustativas nas papilas da língua são transmitidos através dos neurónios gustativos aferentes até à medula oblonga localizada no bulbo. Daqui passa par o talámo e deste para o córtex gustativo primário e suas áreas associativas.
O nervo trigêmeo é responsável pela inervação das cavidades bucal, nasal e ocular. Este nervo divide-se então no gânglio de Gasser em diversos nervos. Todas as substâncias químicas que possam ser irritantes para a cara vão ser detectadas aqui. A poluição ou o amoníaco provocam reacções como tossir e espirrar. O mentol dá-nos uma sensação de frio enquanto que o picante dá-nos uma sensação de calor ou pode provocar choro.
O Sistema Gustativo permite-nos saber se o alimento é comestível e se a textura é agradável. Este é apelidado por sistema químico, tal como o sistema olfactivo, uma vez que os seus receptores são estimulados por substâncias químicas que provêm dos alimentos. O centro gustativo no cérebro combina as informações provenientes da língua.
Os principais órgãos de gustação neste sistema são a língua, a faringe, o palato, a epiglote e os receptores olfactivos. Os receptores que recebem as informações na mucosa basal da língua são as papilas gustativas, mais propriamente os botões gustativos. Estes encontram-se situados na papila gustativa em torno de um poro central. Estes botões são constituídos por um poro gustativo, células basais, células de apoio e células gustativas ligadas a axónios gustativos aferentes. O poro gustativo encontra-se virado para o poro central da papila e possui microvilosidades para onde entram as substâncias químicas.
As papilas gustativas estão distribuídas por toda a superfície da língua mas conforme o seu tipo. Podem ser: fungiformes, filiformes ou valadas.
As células gustativas são capazes de detectar quatro sensações gustativas primárias em diferentes zonas da língua: Amargo, ácido, salgado ou doce. A combinação destas sensações dá-nos vários sabores distintos.
- Sabores amargos - bloqueiam os canais de sódio e ativam uma proteína G acoplada à fosfolipase.
- Sabores ácidos - bloqueiam os canais de sódio devido à sua alta concentração em H+.
- Sabores salgados - mediados pelo sódio ativam canais deste mesmo ião.
- Sabores doces - a sacarose ativa uma proteína G acoplada à adenilato ciclase. Bloqueiam também os canais de sódio.
O Umami é um outro sabor definido recentemente, que nem todas as pessoas são ainda capazes de distinguir. Neste caso são os aminoácidos e os nucleotídeos dos alimentos que interagem diretamente com as células gustativas.
A água é também uma substância com sabor, mas como é das coisas que ingerimos sempre, as nossas papilas gustativas não o sentem.
O sistema olfactivo e o sistema gustativo estão intimamente ligados na percepção do sabor e o que muitas vezes pensamos ser um sabor é na verdade cheiro, pois as moléculas libertadas pelos alimentos no ar influenciam bastante o sistema gustativo. É por isto que as pessoas constipadas não sentem gosto, pois não têm a "ajuda" do olfacto. Isto, bem como a visão, vão interferir na quantidade de alimentos que são ingeridos.
As células gustativas do botão gustativo são responsáveis pela transdução do sinal e transmissão do mesmo ao SNC em forma de sinal elétrico.
As substâncias químicas são captadas pelas microvilosidades dos botões gustativos e a entrada destas na
célula gustativa provoca a sua despolarização e consequente entrada de iões cálcio e sódio bem como a saída também de iões cálcio do retículo endoplasmático.
No caso das substâncias salgadas e ácidas, medeadas pelo sódio e H+ respectivamente, a passagem destas pelos respectivos receptores provoca diretamente despolarização da célula.
No caso das substâncias doces e umami os receptores são do tipo T1Rs acoplados a proteínas G. Qualquer uma destas substâncias, bem como as amargas, desencadeiam depois uma cascata de mensageiros secundários que vão provocar a despolarização da célula. As substâncias doces estão associadas a receptores sensíveis à sacarose constituídos por duas subunidades, a T1R2 e a T1R3, associadas a uma proteína G. As substâncias umami estão associadas a receptores sensíveis ao glutamato, consituídos pelas subunidades T1R1 e T1R3, acoplados a uma proteína G. Esta quando activada liberta a subunidade α que irá activar uma proteína membranar designada por PLCβ2 que permite activar os mensageiros secundários. Estes irão ativar os canais TRPM5 que permitem a entrada de cálcio.Nas substâncias amargas o receptor é do tipo T2R de apenas uma subunidade mas que a seguir o funcionamento é como para as substâncias umami, terminando na ativação dos canais TRPM5.
Os transmissores vão ser incorporados em vesículas e liberados na fenda sináptica para serem captados pelos neurónios gustativos aferentes, criando um potencial de ação que será transmitido ao SNC.
Após transdução do sinal, este é transmitido ao córtex cerebral. Os estímulos provenientes das células gustativas nas papilas da língua são transmitidos através dos neurónios gustativos aferentes até à medula oblonga localizada no bulbo. Daqui passa par o talámo e deste para o córtex gustativo primário e suas áreas associativas.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
As principais Doenças da Boca
Segundo a Organização Mundial da Saúde as principais doenças que acomete a boca são:
cárie dentária;
doenças gengivais e periodontais;
maloclusões;
lábio leporino e fendas palatinas;
câncer bucal;
fluorose;
+ Afta , Mau hálito , Da boca para o corpo .
Cárie

O que é a cárie?
A cárie é uma doença transmissível e infecciosa. Ela acontece quando há a associação entre placa bacteriana cariogênica, dieta inadequada e higiene bucal deficiente. Quando o açúcar entra em contato com a placa bacteriana, formam-se ácidos que serão responsáveis pela saída de minerais do dente.
O que é placa bacteriana?
A placa bacteriana é uma espécie de película composta de bactérias vivas e de resíduos alimentares que se depositam sobre e entre os dentes. Ela é cariogênica quando bactérias capazes de causar a doença cárie estão presentes na sua composição.
Meus dentes podem ser pouco resistentes à cárie?
Existem algumas doenças que podem alterar a composição dos dentes, levando à má-formação dentária. Além disso, todos os dentes são mais susceptíveis à cárie quando erupcionam, pois ainda não estão com a calcificação completa. Isso só será um problema se houver acúmulo da placa bacteriana cariogênica sobre os dentes, pois esta permitirá que a lesão se inicie. Indivíduos com deficiências físicas ou mentais que apresentam dificuldades na limpeza dos dentes devem ser supervisionados durante a escovação. Portanto, independentemente de os dentes serem mais ou menos resistentes, o importante é que a limpeza dos dentes seja realizada de maneira adequada.
Quais são os alimentos mais cariogênicos? Há alimentos que protegem contra a cárie?
Os alimentos mais cariogênicos são os que apresentam açúcar na sua composição: os doces, as balas, os caramelos, os chocolates, os chicletes e os refrigerantes são exemplos desses alimentos. Existem alguns alimentos que escondem o açúcar na sua composição, como a mostarda e o ketchup. Todos esses alimentos podem ser consumidos, mas de maneira racional, isto é, junto às principais refeições, seguindo-se a escovação. A freqüência com que se come o açúcar é muito importante: quando você ingere açúcar, os seus dentes ficam expostos aos ácidos produtores de cárie durante 20 minutos; se você ingerir açúcar 5 vezes ao dia, os seus dentes poderão ficar expostos aos ácidos produtores de cárie durante 100 minutos! O açúcar também pode estar presente em medicamentos líquidos e xaroposos, portanto, após ingeri-los, é preciso escovar os dentes. A ingestão de farináceos e salgadinhos, principalmente entre as refeições, é um hábito considerado pouco saudável, quando se pensa em prevenção da doença e, portanto, deve ser evitado. Por outro lado, existem alimentos como o queijo e o leite que são considerados protetores dos dentes. Eles apresentam alto conteúdo de cálcio e fosfatos, que protegem contra a desmineralização do dente.
O mel ou o açúcar mascavo podem substituir o açúcar sem danos aos dentes?
Esses alimentos são ricos em açúcares facilmente transformados em ácidos pelas bactérias cariogênicas. O hábito de adoçar alimentos ou lambuzar a chupeta com mel pode provocar lesões de cárie, portanto, deve ser evitado.
Como posso saber se tenho cárie?
A identificação das lesões de cárie pode ser feita através da visão direta dos dentes e do emprego do fio dental. Antes de observar a superfície dentária, há necessidade de remoção da placa bacteriana que a recobre. Portanto, você deve fazer o auto-exame após escovar seus dentes e em local bastante iluminado. Essa doença se estabelece antes de as cavidades serem vistas nos dentes. Portanto, procure alguma alteração de cor como manchas brancas ou acastanhadas na parte superior dos dentes (sulcos e fissuras) e entre os dentes. Em um estágio mais avançado da doença, as manchas podem evoluir para cavidades e os sintomas já começam a aparecer: dor quando mastigamos alimentos doces ou quando bebemos algo quente ou gelado, causando desconforto e mau hálito. O fato de o fio dental ficar preso entre os dentes também pode ser um sinal de lesão de cárie.
Como posso combater ou prevenir essa doença?
Controlando os fatores que podem ajudar no aparecimento das lesões de cárie. Dentre esses fatores, podem ser citados: evitar a ingestão de alimentos açucarados – caso não seja possível, você deve ingeri-los junto às principais refeições – e limpar os dentes de maneira adequada, utilizando escova, fio dental e pasta de dente com flúor. O flúor é um importante auxiliar no combate à cárie pois previne a desmineralização, isto é, a saída de minerais do dente e favorece a remineralização, que é a entrada de minerais em pequenas lesões de cárie (lesões de manchas brancas ou acastanhadas opacas), antes que elas se tornem cavidades. A limpeza deve ser realizada sempre após as principais refeições e antes de dormir. É importante visitar seu dentista regularmente para que ele possa, através do exame clínico, controlar sua saúde bucal e orientar sobre qualquer dúvida que possa surgir com relação à mesma.
Existe vacina para a cárie?
Apesar dos estudos feitos até agora, não podemos contar com uma “vacina” que previna a cárie dentária.
Você sabia que mais de 75 por cento dos brasileiros acima de 25 anos* têm algum problema com a gengiva? É mais comum do que se imagina!
Inflamação e problemas gengivais
O que são doenças gengivais?
A doença gengival é um tipo de inflamação ou infecção que ocorre na boca. A gengivite, estágio inicial da doença gengival e mais fácil de ser tratada, é uma inflamação da gengiva causada pelo acúmulo da placa bacteriana (película delicada, pegajosa e incolor que se forma acima da gengiva).
A placa bacteriana oferece abrigo para mais de 400 tipos de bactérias e outros microorganismos, que se desenvolvem e proliferam. Se não for devidamente removida pela escovação e uso do fio dental, a placa bacteriana pode formar-se nos dentes e na gengiva, acarretando a gengivite. Felizmente a gengivite pode ser tratada, evitando sua evolução para a periodontite (estágio mais sério e prejudicial da doença gengival).
Como posso saber se tenho gengivite?
Os sinais clássicos da gengivite são as gengivas avermelhadas, inchadas e sensíveis, que podem sangrar durante a escovação. É importante ter em mente que somente um profissional da odontologia pode avaliar de forma integral sua saúde bucal e determinar se você tem ou não alguma doença gengival (gengivite ou periodontite) . Como alguns sintomas da gengivite não causam dor, a doença pode permanecer sem tratamento durante vários anos, caso não seja diagnosticada pelo dentista.
O sinais da periodontite (estágio mais avançado da doença crônica gengival), incluem a presença de ulceração, retração gengival, frouxidão ou separação de dentes permanentes, qualquer alteração na oclusão dos dentes e mau hálito recorrente e/ou gosto desagradável na boca. Visitas regulares ao dentista ajudam a prevenir a periodontite.
Como posso evitar a gengivite?
A chave para a prevenção da gengivite é remover a placa bacteriana que se acumula nos dentes. São extremamente importantes nesse sentido os exames regulares e a limpeza profissional dos dentes. Da mesma forma, é crucial a higiene bucal em casa.
Você pode evitar a gengivite procedendo da seguinte forma:
* Escovar os dentes e usar o fio dental para remover a placa bacteriana e os resíduos - Saiba mais pelo nosso guia de escovação interativo
* Alimentar-se corretamente a fim de garantir uma nutrição adequada
* Evitar cigarro e outras formas de tabaco
* Visite seu dentista regularmente
Você sabia que escovar bem os dentes pode evitar até um enfarte cardíaco?
PERIODONTITE

0 que é periodonto?
É o conjunto de tecidos que está ao redor do dente e que é responsável pela sua fixação: gengiva, osso alveolar e fibras que ligam raiz ao osso.
0 que é Doença Periodontal (DP)? É a mesma coisa que gengivite?
É o comprometimento dos tecidos periodontais pelo processo inflamatório, que leva à reabsorção do osso que está ao redor das raízes dos dentes, enquanto que, na gengivite, não há alteração óssea, pois a inflamação só atinge a gengiva.
Como posso saber se já tenho a DP?
0 sinal mais característico é o sangramento, mas devemos estar atentos também para: alterações na posição dos dentes, mobilidade, retrações gengivais, retenções de alimento, inchaço etc.
Ao perceber sangramento durante o uso do fio dental, devo suspender esse procedimento de limpeza?
Não, desde que esteja passando o fio corretamente. 0 sangramento denota a presença de bactérias nessa região e, dessa forma, é conveniente continuar com o uso do fio na tentativa de removê-las.
Existem medicamentos indicados para o tratamento?
Não é possível o tratamento desta doença somente com medicamentos, sejam estes locais ou sistêmicos. A placa bacteriana aderida ao dente tem que ser removida mecanicamente.
Qual a causa da DP?
A placa bacteriana aderida ao dente é a única causa, porém algumas alterações na gengiva podem estar associadas a causas hormonais, uso de alguns medicamentos, queda de resistência etc.
Corno o tratamento é realizado pelo cirurgião-dentista?
É feito com a remoção da placa bacteriana aderida através de raspagem e alizamento das raízes dos dentes. Quando os instrumentos de raspagem não atingem toda área da raiz comprometida, as cirurgias são indicadas; para facilitar o acesso.
Uma vez tratada a doença, os tecidos recuperam-se integralmente?
Não, sempre ficam seqüelas, com exceção das gengivites. A doença periodontal deixa como seqüelas alterações estéticas como: deslocamento na posição do dente, retração gengival com conseqüente aumento no comprimento do dente etc. Existem procedimentos cirúrgicos e protéticos que podem miminizar esses defeitos.
De quando em quando se fazem os retornos para a manutenção após o tratamento?
As visitas para manutenção devem assegurar a estabilidade da condição de saúde alcançada com o tratamento e, assim, evitar tanto a o progressão da doença como a sua recidiva.
Nos casos mais avançados, recomenda-se uma periodicidade de 3/3 meses e de 4/6 meses para a maioria das pessoas.
E possível prevenir esta doença?
A sua prevenção pode ser feita unicamente removendo a placa bacteriana através de limpeza bucal doméstica com fio dental e escova, mais limpezas periódicas feitas pelo dentista.
Prevenção: Limpeza bucal doméstica + Limpeza profissional de 6/6 meses.
maloclusão

O que é maloclusão?
Os problemas de irregularidades dentárias são de vários tipos e recebem o nome de maloclusão. O conceito de maloclusão é muito amplo, mas de uma maneira simples, a maloclusão existe quando os dentes não se encaixam corretamente uns com os outros, ou quando os dentes estão dispostos nos ossos maxilares de tal forma que a estética facial é prejudicada.
As maloclusões também podem prejudicar a função normal da mastigação, levando a desgastes dentários ou mesmo a dores dentárias e da articulação temporo mandibular.
A maioria das maloclusões é herdada, mas algumas são adquiridas. Os problemas herdados podem ser, por exemplo, pequenos apinhamentos, excesso de espaços entre os dentes, dentes a mais ou mesmo diferentes irregularidades dos ossos e da face (consulte a seção sobre problemas frequentes para mais exemplos).
Os problemas adquiridos podem ser causados por traumas (acidentes), hábitos como chupar dedos ou roer unhas, obstruções aéreas devido a amídalas maiores que o normal, ou, ainda, por perdas precoces de dentes de leite ou perdas prematuras de dentes permanentes, por cárie e por acidentes.
Lábio leporino / Fenda palatina
A fissura labial e a fenda palatina, conhecidas popularmente como lábio leporino e goela de lobo, são malformações congênitas, de apresentação variável, que ocorrem durante o desenvolvimento do embrião. A incidência é maior na etnia amarela e menor na negra. É falsa a impressão de que os casos de lábio leporino e fenda palatina estão aumentando. O que cresceu foi o número de diagnósticos e a taxa de sobrevida dos portadores.
Fissura labial, ou lábio leporino, é uma abertura que começa sempre na lateral do lábio superior, dividindo-o em dois segmentos. Essa falha no fechamento das estruturas pode restringir-se ao lábio ou estender-se até o sulco entre os dentes incisivo lateral e canino, atingir a gengiva, o maxilar superior e alcançar o nariz.
Na fenda palatina, a abertura pode atingir todo o céu da boca e a base do nariz, estabelecendo comunicação direta entre um e outro. Pode, ainda, ser responsável pela ocorrência de úvula bífida (a úvula, ou campainha da garganta, aparece dividida). No entanto, às vezes, essa variação de tamanho é pequena, o que gera algum atraso no diagnóstico.
Ainda não se conhecem as causas dessas anomalias, que podem afetar um ou os dois lados da região orofacial, ocorrer isoladamente ou em conjunto, ou ser um dos componentes de uma síndrome genética. Sabe-se, entretanto, que os seguintes fatores de risco podem estar envolvidos na sua manifestação: deficiências nutricionais e algumas doenças maternas durante a gestação, radiação, certos medicamentos, álcool, fumo, e hereditariedade.
Diagnóstico
A ultrassonografia tornou possível fazer o diagnóstico das fendas labiopalatinas a partir da 14ª semana de gestação. Nessa fase, o importante é tranquilizar os pais, fornecendo informações sobre as possibilidades de tratamento, e esperar a criança nascer. Grande parte dos diagnósticos, porém, continua sendo realizada depois do parto.
Tratamento
As fissuras labiopalatinas não são alterações de caráter estético, apenas. São a causa de problemas de saúde que incluem má nutrição, distúrbios respiratórios, de fala e audição, infecções crônicas, alterações na dentição. Da mesma forma, elas provocam problemas emocionais, de sociabilidade e de autoestima. Por isso, o tratamento requer abordagem multidisciplinar, isto é, a participação de especialistas na área de cirurgia plástica, otorrinolaringologia, odontologia, fonoaudiologia, por exemplo.
Ao contrário do que se preconizava no passado, hoje a recomendação é corrigir a fissura labial cirurgicamente nas primeiras 24h a 72h depois do nascimento para reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz, pois quase sempre existe um desabamento da asa do nariz, por falta de apoio do músculo que está solto daquele lado.
Nos casos de fissura palatina, só por volta de um, dois anos, a criança deve iniciar a reconstituição cirúrgica do céu da boca. O fechamento completo é realizado em etapas, a fim de assegurar a integridade do arcabouço ósseo e a funcionalidade da musculatura de oclusão, assim como para evitar a deficiência de respiração e a voz anasalada. Em geral, primeiro se fecha o palato ósseo anterior para alongá-lo, para depois dar continuidade ao tratamento. A conduta preconizada é realizar a cirurgia nem cedo demais para não afetar o crescimento do osso, nem tarde demais para não prejudicar a fala. Enquanto esperam pelo final da reconstituição, as crianças usam um aparelho ortodôntico, que cobre a fenda palatina e permite que se alimentem.
Na verdade, o tratamento é o longo. Começa no recém-nascido e termina com a consolidação total dos ossos da face, aos dezessete, dezoito anos. Durante todo esse tempo, os portadores de fissuras oronasais devem ser acompanhados por especialistas em diferentes áreas, especialmente por cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos e ortodontistas.
Recomendações
* A correção do lábio leporino e da estrutura palatina admite condutas muito variadas. Os pais devem escolher um médico de sua confiança e seguir as medidas terapêuticas que ele aconselha;
* O aleitamento materno é sempre a melhor forma de alimentar a criança nos primeiros meses de vida, mesmo que apresente uma fenda orofacial. Quando não houver possibilidade de oferecer-lhe o seio, existem mamadeiras especiais que podem ser usadas;
* A primeira cirurgia para o fechamento do lábio leporino, em geral, corrige praticamente todas as alterações. No caso de permanecerem alguns detalhes que precisam de reparação, a cirurgia deve ser realizada antes dos 4, 5 anos, época em que a vida social da criança se amplia;
* O fechamento da fenda labiopalatina até os 2, 3 anos de idade também resulta em melhor prognóstico para as alterações da fala e da audição;
* O acompanhamento odontológico e ortodôntico é extremamente importante não só para preservar a estrutura dentária, mas também para assegurar a qualidade da alimentação dessas crianças enquanto não fazem a cirurgia;
* A orientação dos clínicos das diferentes áreas e o acompanhamento psicológico podem ajudar pais e filhos a enfrentar melhor as fases mais difíceis dessa alteração anatômica congênita.
Aumenta índice de câncer bucal em jovens na primeira década dos anos 2000
Câncer bucal
O número de casos de câncer bucal em pacientes com menos de 40 anos de idade aumentou em 30% na Europa nos últimos dez anos e nos últimos 20 anos subiu 50% em todo o mundo. No Brasil não foi diferente. De acordo com o Instituto do Câncer, o câncer oral é a terceira doença que mais mata homens no Brasil, e a sétima causa de falecimento entre as mulheres.
O que é o Câncer da Boca?
É um tipo de câncer que geralmente ocorre nos lábios (mais freqüentemente no lábio inferior), dentro da boca, na parte posterior da garganta, nas amígdalas ou nas glândulas salivares. É mais freqüente em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcóolica, é um dos principais fatores de risco.
Se não for detectado de maneira precoce, o câncer bucal pode exigir tratamentos que vão da cirurgia (para a sua remoção) à radioterapia ou quimioterapia. Este câncer pode ser fatal, com uma taxa de sobrevivência de cinco anos de 50%*. Uma das razões pelas quais este prognóstico é tão negativo é o fato de que os primeiros sintomas não serem reconhecidos logo. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.
Quais os sintomas deste tipo de câncer?
Nem sempre é possível visualizar os primeiros sinais que indicam a existência do câncer bucal, o que aumenta a importância das consultas regulares com o dentista ou o médico. Seu dentista foi preparado para detectar os primeiros sinais do câncer bucal. Contudo, além das consultas regulares, é preciso que você fale com seu dentista se perceber qualquer dos sinais abaixo:
*Ferida nos lábios, gengiva ou no interior da boca, que sangra facilmente e não parece melhorar;
*Um caroço ou inchaço na bochecha que você sente ao passar a língua;
* Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca;
*Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da boca;
*Dificuldade para mastigar ou para engolir;
*Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta;
*Inchaço que impede a adaptação correta da dentadura.
*Mudança na voz.
Como aparece?
O câncer de boca aparece geralmente como uma ulceração (ferida) com as bordas elevadas. Pode apresentar-se também com coloração branca e/ou vermelha.
Essa ferida, no início, não dói e não cicatriza.
Qualquer alteração de cor ou volume deve ser examinada pelo dentista, bem como dificuldade em falar ou engolir.
Como evitar o câncer bucal?
Se você não fuma nem masca tabaco, não comece a fazê-lo. O uso do tabaco é responsável por 80 a 90% das causas de câncer bucal.
Fumo: A ligação entre o fumo, o câncer pulmonar e as doenças cardíacas já foi estabelecida (1). O fumo também afeta sua saúde geral, tornando mais difícil o combate a infecções e a reparação de ferimentos ou de cirurgias. Em adultos jovens, este hábito pode retardar o crescimento e dificultar o desenvolvimento. Muitos fumantes afirmam não sentir mais o odor ou sabor tão bem como antes. O fumo também pode causar mau hálito e manchar os dentes.
Sua saúde bucal está em perigo cada vez que você acende um cigarro, um charuto ou um cachimbo. Com esta atitude, suas chances de desenvolver câncer na laringe, na boca, na garganta e no esôfago aumentam. Como muitas pessoas não notam ou simplesmente ignoram os sintomas iniciais, o câncer bucal muitas vezes se espalha antes de ser detectado.
Mascar tabaco: O hábito de mascar tabaco eleva em 50 vezes a possibilidade de se desenvolver o câncer bucal.O melhor a se fazer é não fumar nem usar quaisquer outros produtos derivados do tabaco. Quando uma pessoa pára de usar esses produtos, mesmo depois de vários anos de consumo, o risco de contrair câncer bucal se reduz significativamente. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de câncer bucal. A combinação fumo/álcool torna esse risco ainda muito maior.
O câncer tem cura?
Sim, se diagnosticado no início, e tratado da maneira adequada, a cura do câncer de boca pode ser obtida na maioria dos casos. Metade dos casos no Brasil são diagnosticados tardiamente, a melhor maneira de reverter essa situação é com a informação e o auto-exame de boca.
Como se trata o câncer bucal?
Depois do diagnóstico, uma equipe de especialistas (que inclui um cirurgião dentista) desenvolve um plano de tratamento especial para cada paciente. Quase sempre a cirurgia é indispensável, seguida de um tratamento de radio ou quimioterapia. É essencial entrar em contato com um profissional que esteja familiarizado com as mudanças produzidas na boca por essas terapias.
Que efeitos colaterais a radioterapia produz na boca? Quando a radioterapia é usada na área de cabeça e pescoço, muitas pessoas experimentam irritação ou ressecamento da boca, dificuldade de deglutir e perda do paladar. A radiação também aumenta o risco de cáries e, por isso, é muito mais importante cuidar bem da boca e da garganta neste período.
Converse com seu dentista e seu médico oncologista sobre os problemas bucais que você possa ter durante ou depois do tratamento. Antes de começar a radioterapia, não se esqueça de discutir com seu dentista os possíveis efeitos colaterais e a forma de evitá-los.
Como manter a saúde bucal durante a terapia?
Use uma escova macia depois das refeições e fio dental diariamente. Evite condimentos e alimentos ásperos como vegetais crus, nozes e biscoitos secos. Evite o fumo e o álcool. Para não ficar com a boca seca os doces e chicletes não devem conter açúcar.
Antes de começar a radioterapia, consulte seu dentista e faça uma revisão completa dos seus dentes e peça ao dentista para conversar com seu oncologista.
O que é fluorose? Por que ocorre?
A fluorose é uma alteração que ocorre devido ao excesso de ingestão de flúor, durante a formação dos dentes. Ela se manifesta principalmente pela alteração de cor do esmalte, que pode assumir uma tonalidade esbranquiçada ou exibir pequenas manchas ou linhas brancas. Nos casos mais graves, adquire uma coloração acastanhada ou marrom, podendo haver perda de estrutura dental; nesses casos, torna-se mais friável, mais fácil de desgastar fisiologicamente. Muitos trabalhos apontam como causa da fluorose a utilização de gotas e comprimidos contendo flúor, inclusive muitos complexos vitamínicos recomendados pelos pediatras. Atualmente, a maior causa de fluorose é a ingestão de produtos fluoretados em locais onde já existe água fluoretada, sendo que o mais comum é o dentifrício fluoretado, que muitas crianças engolem durante a escovação. O enxaguatório contendo flúor também poderá contribuir, se for indicado para crianças que ainda não tenham controle adequado da deglutição.
Durante a gravidez, devo ingerir suplementos de flúor?
Na gravidez não é necessário ingerir suplementos de flúor, pois sabe-se que a principal ação preventiva é a tópica, ou seja, a que se dá pelo contato do flúor na boca com os dentes. Além disso, na gestante que ingere água fluoretada, o flúor passa para o bebê através da placenta.
Pode ocorrer fluorose em dentes de leite?
A fluorose em dentes decíduos possui características semelhantes às da fluorose em dentes permanentes. Não é comum, pois só pode ocorrer nos dentes cuja mineralização se dá após o nascimento. A porção formada na vida intra-uterina, mesmo que a gestante ingerisse ligeiro excesso, receberia proteção da placenta, que é uma barreira semipermeável que deixa passar apenas uma parte do flúor circulante.
Quando ocorre fluorose nos dentes de leite, os permanentes também serão acometidos?
Não. A fluorose não passa de uma dentição para outra, pois ela ocorre durante o período de formação dos dentes, e dentes de leite e permanentes se formam em épocas muito diferentes. Mesmo na dentição permanente ela pode afetar alguns dentes e não afetar outros, ou ainda afetar dentes diferentes com grau de severidade diversos. Tudo depende da época que ocorreu o excesso de ingestão e da época de formação dos dentes. O período de maior risco para a ocorrência de fluorose é até os 6 anos de idade, quando estão se formando as coroas dos dentes anteriores, pois se sabe que o maior problema da fluorose é quanto à estética.
Os dentes com fluorose são mais fracos? Correm maior risco de ter cárie?
Os dentes com fluorose são ligeiramente mais resistentes à cárie dental, mas não são imunes a ela. Portanto, se o indivíduo tiver dieta e microrganismos cariogênicos, exibindo atividade de cárie, deve receber a mesma atenção preventiva que outro paciente sem fluorose.
O que é uma afta?
A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população, caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas na mucosa bucal, as quais podem ser múltiplas ou solitárias.
Quais as características clínicas da afta?
As aftas costumam ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada. Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelada e circundada por um halo vermelho. Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.
Todas as aftas são iguais?
Não. Atualmente são reconhecidos três tipos de aftas, sendo a vulgar ou minor a forma mais prevalente. As outras formas são mais raras: uma delas é conhecida como herpetiforme, porque lembra a manifestação do herpes simplex, apresentando um grande número de pequenas ulcerações superficiais arredondadas e agrupadas, que também perduram por cerca de 10 dias; a outra forma é chamada afta major, que, como o nome indica, produz uma ferida maior (com mais de 1 em de diâmetro), mais profunda, mais dolorida, mais difícil de tratar e que permanece semanas ou, às vezes, meses.
Por que as aftas doem tanto?
As aftas são lesões ulceradas: há exposição do tecido conjuntivo, que é rico em vasos e nervos, o que provoca dor. Além disso, o quadro pode ser agravado por infecções causadas por microorganismos do meio bucal.
O que causa a afta?
Não podemos afirmar que exista um agente etiológico específico. A literatura aponta uma alteração da resposta imunológica como possível causa primária em alguns pacientes e secundária em outros. Os ácidos presentes na alimentação, os pequenos traumas à mucosa, distúrbios gastrintestinais, o cicio menstrual e o estresse emocional agem como fatores desencadeantes.
Qual a relação entra as aftas e a dieta?
Alguns alimentos, quando em contato com a mucosa bucal, podem desencadear uma resposta imunológica alterada em certos pacientes, o que provocaria o aparecimento da ulceração. Muitas vezes os pacientes são alérgicos: têm aftas quando ingerem certos alimentos.
As aftas são contagiosas?
Não, pois não se trata de doença infecciosa. No entanto, há um traço familiar envolvido. Filhos de pais portadores de aftas apresentam chances bem maiores de também sofrerem com aftas.
Outras doenças podem parecer aftas?
Sim. O câncer de boca, ou carcinoma epidermóide, frequentemente começa como uma lesão ulcerada. Por isso, frente a uma úlcera bucal que não cicatriza dentro de 15 dias, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para o diagnóstico da lesão. Além disso, algumas doenças infecciosas, como o herpes, e algumas doenças dermatológicas com ocorrência intrabucal, como o lúpus, embora tenham características próprias bem conhecidas, em certas fases de seu desenvolvimento podem parecer-se com aftas, principalmente para o leigo.
Só agora, perto dos 50 anos de idade, comecei a sofrer com aftas. Por quê?
Confirmado o diagnóstico (pois nem toda ferida na boca é uma afta), será preciso investigar algum fato relevante na história médica do indivíduo ou se houve alguma modificação importante em seus hábitos de vida. Um fator muitas vezes relacionado com essa história é o abandono do hábito de fumar. O fumo provoca um espessamento da mucosa bucal, que parece tornar-se mais resistente à penetração de agentes desencadeadores da afta. Resta saber se vale correr o risco de adquirir um câncer de boca ou pulmão para se proteger das aftas.
Queimo minhas aftas com formol; há algum problema nesse prática?
A aplicação de substâncias cáusticas, como o formol, sobre as aftas destrói o tecido da região, inclusive as terminações nervosas, o que faz desaparecer a dor. Entretanto, o que se faz é substituir a afta por uma queimadura química, que causa injúria a tecidos normais. Além disso, há risco de maiores danos pela inadequada manipulação dos produtos por parte dos usuários. Não se recomenda tal prática.
Qual o melhor tratamento para as aftas?
Não existe tratamento que seja eficaz para todos os portadores de aftas. Alguns têm uma lesão aftosa uma vez por ano; outros apresentam lesões múltiplas diuturnamente. As medicações de uso sistêmico, como os imunossupressores, são mais efetivas na redução dos sintomas, mas possuem efeitos colaterais indesejáveis, às vezes graves, sendo, por isso, reservadas para os casos mais severos da doença, exigindo o acompanha- mento atento de um especialista. Para os indivíduos com quadros clínicos mais leves, a melhor abordagem é a aplicação tópica de anti-sépticos, antiinflamatórios, anestésicos ou protetores de mucosa, naturais ou sintéticos. O cirurgião-dentista deve ser consultado para um adequado diagnóstico e orientação terapêutica
DA BOCA PARA O CORPO
Pneumonia
Em pacientes imuno-deprimidos e entubados, sem condições de manter uma higiene oral adequada, a proliferação de bactérias bucais pode causar pneumonia. O dentista França Campos afirma ainda que a respiração pela boca pode provocar ressecamento das mucosas orofaríngeas, favorecendo o acúmulo de microorganismos responsáveis por amidalites, faringites, laringites e outras doenças das vias aéreas superiores.
Diabete
A doença periodontal aumenta em duas vezes o risco de a pessoa ter diabete, como lembra Betina Rost, especialista em dentística reparadora. Segundo ela, diabéticos com a doença têm mais dificuldade em controlar os níveis de glicemia.
Doenças cardiovasculares
As toxinas da doença periodontal atuam nas paredes dos vasos sanguíneos, alterando o metabolismo das gorduras no sangue e favorecendo a ocorrência de tromboses vasculares, que são as precursores de enfartes e AVCs.
Tabagismo
Fumantes têm alteração de sua resposta imunológica a infecções, o que aumenta a incidência da doença periodontal e também a resistência a algumas bactérias agressivas da doença, mesmo após tratamento. De acordo com a periodontista Margarida Pagani, o tabagismo diminui a oxigenação dos tecidos, favorecendo o desenvolvimento de bactérias anaeróbicas, presentes nas periodontites.
Parto prematuro
Segundo a cirurgiã dentista Betina Rost, gestantes com periodontite têm de 5 a 7 vezes mais risco de dar à luz bebês prematuros com baixo peso. Nos casos de doença periodontal em estágios mais avançados, há uma maior possibilidade do parto acontecer antes de 32 semanas de gestação. Isso porque as toxinas bacterianas da doença podem agir na placenta e no útero, provocando contração uterina e ruptura de membranas dos tecidos.
Bulimia e anorexia
Além da subnutrição debilitar o organismo, a acidez do vômito provocado pelas doenças destrói as estruturas dentárias e os restos de alimentos que permanecem na boca aumentam a incidência de cárie.
Refluxos gástricos
A presença de ácidos gástricos na boca causa erosões e outras alterações nos dentes.
Obstruções nasais
Ao favorecer a respiração pela boca, contribuem para a proliferação de bactérias bucais.
Alterações hormonais
Na gravidez, puberdade e no ciclo menstrual, mulheres apresentam sangramento gengival com mais freqüência.
Medicamentos anticonvulsivantes
Provocam crescimento anormal da gengiva.
Dieta inadequada
O consumo excessivo de carboidratos pode causar o surgimento de cáries.
Refrigerantes e sucos ácidos
O ácido presente na composição de certas bebidas, incluindo refrigerantes e isotônicos, gera alterações nos esmaltes dos dentes.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Bom gente , eu sei que a page anda meio parada , mas assim que meus assistentes me derem o conteúdo necessário nós vamos começar com as postagens , e qualquer opinião sobre o blog comente por favor , pois queremos fazer o melhor para vocês.
Agradecendo pela paciência e esperando comentários ,
~Admin Iron
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